quinta-feira, 14 de março de 2013

CNBB: escolha de papa sul-americano significa que Igreja é universal

Brasília - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Ulrich Steiner, expressou satisfação com a decisão do conclave de ter escolhido um papa sul-americano. “Creio que represente para toda a Igreja o desejo de ser mais atuante, uma Igreja que se renove, atue, seja presente. É um sinal muito bonito que os cardeais nos dão ao terem eleito um cardeal latino-americano, agora nosso papa Francisco. Sinal de que a Igreja é realmente universal. Estamos realmente muito satisfeitos, contentes, e esperando muito do novo papa”.

Contudo, Steiner considerou uma “surpresa” a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio como novo papa. “Foi uma grande surpresa [a escolha]. Creio que ninguém esperava que ele fosse eleito. Talvez já um pouco pela idade, 76 anos, e também porque ninguém falava no nome dele”.

O bispo definiu o pontífice como um intelectual que vai dar sequência ao processo de diálogo iniciado por Bento XVI. “O papa Francisco é um grande pastor. É um bom intelectual. Creio que teremos um homem entre Bento XVI e João Paulo II. Uma pessoa próxima do povo e que, ao mesmo tempo, há de travar diálogos necessários com outras religiões. Bento XVI abriu um diálogo muito grande e creio que o novo papa dará continuidade”. O papa Francisco assume a chefia da Igreja Católica no momento em que ela é alvo de denúncias de abusos sexuais e desvios de recursos. Também enfrenta pressão por reformas internas.

Simpático e sorridente, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, sucede Bento XVI, que renunciou ao pontificado no dia 28 de fevereiro. Ainda não foi confirmada a data da cerimônia de coroação do novo papa, mas espera-se que seja na próxima terça-feira (19).

Mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa por ocasião da eleição do Papa Francisco I

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Com grande júbilo e muita esperança acolhemos a recente eleição do Cardeal Jorge Mario Bergoglio para suceder a Bento XVI, como Bispo de Roma e Pastor da Igreja universal, e que escolheu o nome de Francisco. 
Pela primeira vez na história, foi eleito um Papa originário do continente americano, da Argentina, o que sublinha a universalidade da Igreja.
Manifestamos‑lhe o incondicional apoio da nossa oração e a certeza do nosso afeto, a nossa comunhão eclesial e a total disponibilidade para colaborar com o sucessor do apóstolo Pedro, na necessária renovação da Igreja e no serviço evangélico às grandes causas do diálogo e da fraternidade, da justiça e da paz no mundo.
A Igreja de Cristo, como recorda o Concílio Vaticano II, tem a vocação de ser «o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano», cumprindo a sua «natureza e missão universal» e ultrapassando toda a espécie de fronteiras e divisões. Temos a certeza que o nosso Papa Francisco I cumprirá os títulos que lhe costumam ser atribuídos de «Sumo Pontífice», construindo pontes de unidade e paz entre as diferentes religiões, culturas e povos, e de «servo dos servos de Deus», servindo a todos e defendendo especialmente os mais pobres e marginalizados.
Saudamos jubilosamente Francisco I, que recolhe o testemunho dos grandes Papas que conhecemos nestes últimos decénios. Exortamos todos os fiéis a interceder junto de Deus para que possa cumprir exemplarmente a sua missão de «presidir a toda a assembleia da caridade», segundo a expressão com que Santo Inácio de Antioquia define a Igreja de Roma.
Reunidos em Fátima, confiamos a Maria, Mãe da Igreja, a sua pessoa e ministério.
Fátima, 13 de março de 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

Portugueses apontam dom Odilo Scherer com um dos favoritos para ser o novo papa

Além do posicionamento de Scherer dentro do Vaticano, os portugueses ressaltam que o Brasil é o país com maior número de católicos.



Brasilia - Os portugueses consideram que o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, é um dos favoritos para substituir o papa emérito Bento XVI. Com base em informações de veículos especializados em Igreja Católica, os dois principais jornais de Portugal especulam que o novo papa não será europeu.

Segundo chamada de primeira página do Diário de Notícias, há "dois norte-americanos e um brasileiro entre os favoritos para novo papa". O tradicional jornal português relaciona Scherer ao lado dos cardeais Sean O' Malley (arcebispo de Boston) e Timothy Dolan (arcebispo de Nova York), além do canadense Marc Ouellet (prefeito da Congregação dos Bispos, em Roma).

O jornal Público pergunta em sua reportagem na seção Destaque: "Sairá o papa de uma igreja vigorosa com a brasileira?" O jornal lembra que dom Odilo Scherer tem "origens alemãs", goza de "suficientes amizades entre os italianos", foi da Congregação dos Bispos por sete anos e é "um dos cinco cardeais responsáveis pela supervisão do Banco do Vaticano".

Além do posicionamento de Scherer dentro do Vaticano, os portugueses ressaltam que o Brasil é o país com maior número de católicos. Na transmissão ao vivo da missa que antecede a realização do conclave em Roma, a emissora pública RTP (Rádio e Televisão de Portugal) exibia a legenda "Brasil continua a ser o país com mais católicos, com 164 milhões".

De acordo com o Censo Demográfico 2010 (IBGE), apesar do catolicismo manter-se como religião majoritária entre os brasileiros, a proporção caiu de 73,6% do total da população em 2000 para 64,6% em 2010. A porcentagem é inferior à de outros países da Europa como Portugal, onde oito de cada dez habitantes se declara católico.

Historicamente, os europeus predominam no posto de papa. De 265 homens que sucederam São Pedro, 254 tinham origem europeia (95%). Dos 115 cardeais eleitores no conclave que começou hoje (12) 60 são da Europa (28 italianos); 19, da América Latina; 14, da América do Norte; 11, da África; dez, da Ásia; e um da Oceania.

Entre os cardeais votantes dois são portugueses: o arcebispo de Lisboa, José Policarpo, e o cardeal em Roma Manuel Monteiro de Castro, responsável pela Penitenciária Apostólica.

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Festa Literária Internacional de Paraty irá debater Fernando Pessoa

A 11ª edição da Flip terá uma mesa que debaterá a obra do poeta português, com a presença da cantora Maria Bethânia e da professora universitária Cleonice Berardinelli.


São Paulo - A próxima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) decorrerá de 3 a 7 de julho e terá uma mesa de debate que irá homenagear o poeta português Fernando Pessoa. Embora ainda sem data, o debate contará com a presença da cantora Maria Bethânia, segundo a "Folha de S. Paulo".

Bethânia analisará a obra de Pessoa juntamente com a professora emérita da UFRJ e da PUC-Rio Cleonice Berardinelli, uma das maiores especialistas do Brasil na obra do poeta português.

A cantora brasileira já assumiu diversas vezes a sua admiração por Fernando Pessoa. Trechos da obra do poeta foram lidos por Maria Bethânia no show "Rosa dos Ventos", de 1971, e nos discos "Drama", "Pássaro da Manhã" e "Imitação da Vida".

Em 2010, Bethânia e Berardinelli receberam a "Medalha do Desassossego" da Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, por seu trabalho de divulgação da obra do português.

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