Um show com a cantora Roberta Sá no Espaço Brasil em Lisboa abriu no último fim de semana a segunda temporada do Ano do Brasil em Portugal. O projeto iniciado em setembro do ano passado segue até junho deste ano.
Lisboa
- Um show com a cantora Roberta Sá no Espaço Brasil em Lisboa abriu no
último fim de semana a segunda temporada do Ano do Brasil em Portugal. O
projeto iniciado em setembro do ano passado segue até junho deste ano.
Segundo o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Antônio Grassi, nos próximos seis meses Portugal receberá "a maior mostra de música do Brasil [MPB] já feita no exterior", disse ao contabilizar "mais de 100 atrações" pouco conhecidas do público lusitano além de nomes consagrados. Segundo a divulgação do evento, o edital para seleção das atrações musicais teve mais de 3,7 mil inscrições.
Além das apresentações musicais, Antônio Grassi, que também é o comissário do Ano do Brasil em Portugal, prometeu, como ocorreu no ano passado, a presença do teatro brasileiro no evento com a apresentação simultânea de peças de autores brasileiros em teatros de Lisboa e do Porto. Além das duas cidades mais importantes de Portugal, a Funarte promoverá neste semestre eventos do Ano do Brasil em Évora, Faro e Sintra. Conforme Grassi, o Ministério da Cultura estuda a manutenção de atrações brasileiras após o encerramento do Ano do Brasil em Portugal, no mês de junho.
Em nove meses de programação, Grassi estima gastar mais de R$ 17 milhões com a realização de eventos, contratação de artistas, construção do Espaço Brasil, pagamento de passagens e diárias além da remuneração de uma equipe temporária de 14 pessoas para a produção e divulgação, "indicados pela Embaixada do Brasil", informou.
Grassi disse ainda que mais de 150 mil pessoas participaram dos eventos do Ano do Brasil em Portugal no ano passado. Entre as atrações ele destaca a presença de 60 mil pessoas na abertura da programação em setembro do ano passado (no Terreiro do Paço); 15 mil espectadores da mostra de teatro, e mais de 13 mil visitantes da exposição de Hélio Oiticica no Centro Cultural de Belém.
O comissário admitiu, porém, que alguns eventos tiveram público muito baixo, como shows com menos de dez espectadores do Espaço Brasil. "Há nomes que não são muito conhecidos do público", disse ao explicar que o número de espectadores pode ter baixado por causa de falhas na divulgação e de fortes chuvas que ocorreram em dezembro em Lisboa. Grassi estuda mesclar apresentações com nomes conhecidos e novos artistas e fazer promoções de bilheteria.
De acordo com a programação disponível no site da Funarte, portugueses e brasileiros residentes em Portugal ainda poderão visitar exposições de fotografia (como duas exposições de José Medeiros); de artes plásticas (exposição itinerante de Lygia Clark); de humor gráfico e caricaturas (exposição Traçando o Brasil – 3 Séculos de Humor Gráfico).
Também estão previstos tributos especiais a Millôr Fernandes e Clarice Lispector, recital com o pianista Nelson Freire (data não marcada) e uma programação de circo e dança.
Gilberto Costa, correspondente da EBC
07/01/2013 08:00
no Digital
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