Lisboa, 9 de junho de 2012
Portugueses e Luso-Descendentes,
De Lisboa, de onde há mais de 500 anos partiram os descobridores de
novos mundos, saúdo todos os Portugueses e Luso-Descendentes neste Dia
de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
A Europa atravessa um tempo de desafios profundos e grandes decisões
que marcarão o futuro de um Continente inteiro, feito de milhões de
cidadãos. País da Europa aberto ao Mundo, País que traz o Mundo para a
Europa, Portugal é uma terra de oportunidades.
O País mudou muito nas últimas décadas e dispõe hoje de condições
propícias à realização de investimentos: temos políticas favoráveis à
iniciativa empresarial, temos infraestruturas, temos talentos, temos
capital humano.
Apelo aos Portugueses da Diáspora e aos Luso-Descendentes para que,
onde quer que se encontrem, se afirmem como embaixadores de Portugal.
Graças ao prestígio que adquiririam nos seus países de destino, devido
ao esforço e à dedicação ao trabalho, os membros da Diáspora podem
desempenhar um papel essencial nesta hora de responsabilidade coletiva,
em que se colocam ao nosso País grandes exigências.
As Comunidades Portuguesas são um símbolo da capacidade de integração
dos nossos cidadãos, do seu apego ao trabalho, da sua abertura ao
diálogo com as comunidades de destino. Em cada país, prestigiam e
enobrecem o nome de Portugal.
Justamente por isso, a Diáspora deve ser mobilizada para apoiar a
nossa Pátria, a Pátria que também é a sua, atraindo investimentos,
conquistando novos mercados, reforçando a imagem positiva de Portugal no
exterior, promovendo o País novo que somos e que queremos ser.
Na minha recente deslocação a Timor, à Indonésia, à Austrália e a
Singapura, incluí, em cada um desses países, um encontro com os
portugueses que aí vivem e trabalham. Trata-se de um ponto que faço
questão de integrar em todas as minhas deslocações ao estrangeiro, como
sinal do meu apreço e da relação de proximidade que me propus
estabelecer com os portugueses que vivem no exterior. Além de um dever, é
um compromisso, que assumi desde o início do meu primeiro mandato, e do
qual não abdicarei nunca.
É fundamental alterarmos o modo como vemos as comunidades portuguesas
da Diáspora. Como disse, há poucos dias, aos portugueses da Austrália, a
retórica da saudade tem de dar lugar a atos concretos, gestos palpáveis
que demonstrem o respeito e a gratidão de Portugal perante os seus
filhos dispersos pelo Mundo e que, ao mesmo tempo, envolvam as
comunidades da emigração num projeto comum.
Esse projeto comum é Portugal. Contamos convosco para o levarmos por diante.
Bem hajam e muito obrigado.
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